A arquitetura é a forma de dar às pessoas um pretexto para se ligarem aos edifícios. As histórias dos edifícios são como contos de fadas e este, que aqui apresentamos, traz seguramente a grandeza impressionante de um espaço localizado na zona mais simbólica da cidade do Porto onde, outrora, se deu resposta às necessidades das gentes do burgo, dos viajantes e forasteiros. A origem da construção remonta ao século XIX e apresenta características arquitetónicas que refletem a época e o local onde se insere. O edifício funcionava como habitação unifamiliar, com área comercial no piso térreo o logradouro nas traseiras. Pertencente à freguesia da Sé e São Nicolau, o edifício compreendia 5 pisos mais 1 recuado acima da cota da soleira, com fachada típica, cantarias em granito, serralharias em ferro e caixilharias em madeira.
O quarteirão onde se localiza este prédio na Rua Mouzinho da Silveira no 230 e 232 no Porto é atualmente uma referência na habitação urbana da cidade, onde marcantes reabilitações foram dinamizadas. O conjunto, no seu todo, possui um grande valor arquitetónico por representar a estrutura parcelar característica portuense.
O projeto teve como objetivo a reabilitação total do interior da parcela participando assim na reabilitação não só do quarteirão mas também da evolução da cidade e das pessoas que nela vivem.
A proposta apresentada teve como principal objetivo a requalificação do edifício tornando-o atraente de vários pontos de vista. Uma maneira de introduzir uma “fórmula” moderna de intervenção e desenho capaz de dotar o edifício de valências atrativas para a cidade e para quem nela investe.
O projeto transformou a propriedade horizontal do edifício para uma função de habitação, distribuindo várias tipologias de apartamentos T1 e T1+1 ao longo de toda a sua área, mantendo o mais possível os materiais e estruturas existentes recuperando-as e reforçando-as, para assim mantermos a traça do edifício. Numa segunda parte foram introduzidos novos elementos capazes de satisfazer e adaptar o edifício às necessidades contemporâneas de habitação, com a existência de um elevador que fizesse a comunicação vertical mecânica entre os pisos de habitação. As frações preexistentes serão portanto adaptadas a frações independentes de habitação com um único acesso vertical comum.
Ao nível do piso térreo, na frente com a Rua Mouzinho da Silveira, foi proposto um estabelecimento comercial único com vão envidraçado e outros detalhes típicos
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